Acordar adolescente não é fácil. Em tempo de férias é impossível. Os adolescentes adoram inverter as regras quando é tempo de férias: ficam acordados até tarde e dormem na hora em que deveriam estar de pé. Mas o que muitos jovens e muitos pais não saber é que as alterações do sono têm consequências sérias para a saúde.
Falta de concentração, irritação, dificuldade cada vez maior para dormir nos horários normais são alguns dos efeitos da troca de horários que os adolescentes fazem. Os médicos dizem que essa inversão também desregula a produção de alguns hormônios.
O hormônio do crescimento e a melatonina são responsáveis pelo desenvolvimento físico e pela organização do sono. Os dois são produzidos no cérebro - em partes diferentes - e só são liberados pelas glândulas a partir do início da madrugada. O pico é por volta de duas, três horas da manhã. Para isso é preciso que a pessoa esteja em sono profundo há pelo menos uma hora.
Se o adolescente está acordado nesse horário, os hormônios não são liberados. Sem a melatonina, o cérebro fica sem a chave que inicia e fecha o sistema do sono. Por isso, dormir de dia não é a mesma coisa que dormir à noite. Estaríamos simplesmente descansando os músculos, mas a eficácia desse sono em termos de recuperação mental, em termos de recuperação da nossa estrutura física e mental não vai é a mesma coisa.
O hábito de trocar o dia pela noite também pode agravar um outro problema que tem aumentado entre os adolescente: quem tem horários errados pra dormir terá, também, horários errados para se alimentar. Com isso, o metabolismo é alterado, podendo até desenvolver uma obesidade.
Mas e aí, o que os pais devem fazer? Negociar e em alguns momentos colocar limites de forma clara e firme. É importante deixar claro que os adolescentes precisam se desligar do mundo virtual, da tecnologia, para crescer mas para isso é importante também oferecer alternativas de lazer e diversão. A luz do dia a vida ao ar livre, não apenas é saudável, mas também nos convida aos exercícios físicos e a uma série de outras atividades lúdicas e muito gostosas de realizar.
Autora: Marina Reigado I Psicóloga Clínica
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